quinta-feira, 8 de março de 2007

Resíduos de Sonhos


No dia de hoje tive uma idéia: recuperar um sonho que foi esquecido já há muito tempo.
Em tempos que o esquecimento é uma constante - queremos e precisamos nos esquecer do tirano que nos visita, da dor que nos causa a exclusão, da nossa falta de liberdade, da nossa falta de direito, da nossa falta de deveres, da nossa crueldade, do nosso amor, da nossa verdade, e da nossa tão grande mentira - shwiiiiiiiiii cataploft duirrrrrr - quero e preciso lembrar-me de sonhos que podem ter feito parte de inúmeras mentes.

O impossível do meu sonho, eu quero lembrar, mas já esqueci. Por que não consigo lembrar, tsk, tsk, cataploft.

Talvez porque ainda desejo vou lembrar-me, vou recuperar um resíduo de sonho que já não tem lugar em uma vida vazia que se desfaz e se reconstrói em momentos de pálido prazer. Prazer do que? Viver! Viver o que? O que dói, o que não nos faz esquecer que a história dói, e mesmo assim, pode haver o sorriso. O sorriso é um crime, e dos piores. Matar? Morremos todos os dias. Mentir? Vivemos uma ideologia. Cantar? A música desafinou, não há mais instrumentos.

Mas vou recuperar esse resíduo de sonho, talvez com uma ajudinha... ainda vou. Como "Clair de Lune" procura a "Sonata ao Luar" e a "Fantasia Improviso", como o "Revolucionário" busca a guerra.

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