sábado, 4 de abril de 2009

Tchau, flor.

Todos têm nomes de flor, como o povo deveria se chamar. E isso é bom e bonito, como toda a criação. Ele me chamou de flor e me deu o mundo, mas os deuses gostam de escarnecer e invejar a humanidade. Prometeu foi o único que nos compreendeu, roubou o fogo para entregar aos homens, Robin Hood, o dinheiro para os pobres. E o meu herói? Não existe! E o meu fogo? Não existe! Como em um forno de microondas, minhas moléculas se expandem para retornar ao pó, e não se esqueça de que és pó e ao pó retornaras. E que todas as criações de deus são boas e que tudo vem dele e volta para seu peito glorioso. Amém. Sim, eis aqui a serva do senhor, faça-se em mim segundo sua palavra. Estou fadada a pedir por ajuda e ser escarnecida pelo mesmo que me beija e deleta meus crimes e me faz carregar uma cruz por um calvário virtual e me faz morre. Mas, alto, não tão rápido. Será que existe a ressurreição? Chama e aconchego celeste. Deuses que amam minha liberdade observam minha dor e minha mortalidade e minha impermeabilidade. É verdade que todos me amam e querem me deixar em seus santuários, relicários, armários,... perdi a rima?! Sim! Perdi o bonde e a esperança, mas não chores, Carlinha... Tens razão, o amanhã é uma ilusão e o futuro não existe. Só resta o microondas. A vida não é justa, melhor se acostumar com a morte. Ok, sabe de uma coisa? Eu desaprendi a falar e a fazer conexões e a escrever. Mas, sei de uma coisa, aquele quem me chamou de flor me fez retornar ao povo e ai eu pertenço. Quem sabe nunca deveria ter saído do ventre do povo. Pois é amigo, trapeiro, cata teu lixo, que eu cato minha dor. Cata tua pinga que eu cato meu amor... Nada existe. Mas, por quê dói?! Ave cheia de Graça.

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